Meu filósofo favorito!!

Isto é um sonho, bem sei, mas quero continuar a sonhar.

Friedrich Nietzsche

domingo, 21 de janeiro de 2018

Níveis de escrita

Olá meninas e meninos, como estão? Hoje vou mostrar como identificar o nível da escrita que seu aluno está. Muita gente ainda tem dificuldade com as hipóteses mencionadas pela Emília Ferreiro e Ana Teberosky em seu livro Psicogênese da língua escrita (Livro muito bom para quem quer começar a estudar sobre alfabetização).

  • PRIMEIRO PERÍODO: 
DISTINÇÃO ENTRE MODOS DE REPRESENTAÇÃO ICÔNICO E NÃO ICÔNICO.


Pré-silábico Icônico: Indiferenciação entre desenho e escrita: Representação icônica
O grafismo reproduz a forma do objeto.

  • SEGUNDO PERÍODO: 
FORMAS DE DIFERENCIAÇÃO DAS ESCRITA


Pré silábico: Escrever não é a mesma coisa que desenhar – Não icônico.
Marcas distintas representam desenho e escrita.

As hipóteses de escrita apresentadas pelas crianças no nível pré-silábico não são lineares, nem ocorre de igual maneira para todas. As crianças podem ainda apresentar, simultaneamente, diferentes representações. Por exemplo: 


Utilizar pseudoletras, mas diferenciar quanto a ordem das letras.


Não distinguir letras e números, mas diferenciar quanto a variedade e ordem de caracteres.

  • TERCEIRO PERÍODO: 
FONETIZAÇÃO DA ESCRITA – DA ESCRITA SILÁBICA À ESCRITA ALFABÉTICA

Este nível está caracterizado pela tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita. (...) cada letra vale por uma sílaba.” (FERREIRO E TEBEROSKY, 1999, p. 209). 

Silábico sem valor sonoro (quantitativo): Pode ocorrer,excepcionalmente, grafias distintas das formas das letras. Mas cada grafia representa uma unidade sonora sem correspondência som/letra.


"...a quantidade de letras com que se vai escrever uma palavra pode ter correspondência com a quantidade de partes que se reconhece na emissão oral.”(FERREIRO, 2010, p.27)


Cada sílaba é representada por uma letra sem correspondência som – grafia.

Silábico com valor sonoro (qualitativo):  

 No mesmo período – embora não necessariamente ao mesmo tempo – as letras podem começar a adquirir valores sonoros (silábicos) relativamente estáveis, o que leva a se estabelecer correspondência com o eixo qualitativo: as partes sonoras semelhantes entre as palavras começam a se exprimir por letras semelhantes.” (FERREIRO, 2010, p. 29)


É muito comum nessa fase a utilização das vogais como a unidade que representa a sílaba.

Mas o contrário também se pode observar, escritas predominantemente com consoantes. 


Escrita silábica com vogais e consoantes.

ESCRITAS SILÁBICO-ALFABÉTICAS 


Percebe-se que a criança começa a considerar que a sílaba não é a menor unidade analisável. Passa então a alternar escritas silábicas com escritas parcialmente alfabéticas. 


Nesta escrita se percebe uma análise bem mais criteriosa. Nesse momento a criança sabe que não basta uma letra por sílaba e que a identidade do som não corresponde diretamente à identidade da letra, essa desequilibração possibilita a progressão ao nível Alfabético. 

ESCRITA ALFABÉTICA


Presença da análise fonêmica sem, no entanto, estar de acordo com padrões ortográficos. 

REFERÊNCIAS:

CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; TEIXIDÓ, M. M. Como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 2010.

FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999

domingo, 14 de janeiro de 2018

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